27 de março de 2013

Sensações, sentimentos e outras coisas

Oh minha filhota linda, no dia anterior ao aniversário da mamã, quase como que um presente antecipado, começaste a comunicar mais e melhor connosco. Os teus movimentos são mais intensos e fortes quase como se estivesses a participar num bailado. Ou será mais numa aula de artes marciais?
 
Imagem web
É maravilhoso sentir-te aqui dentro da barriga. Saber que dessa forma comunicamos, que estamos em sintonia. Por vezes a mamã lembra-se de quando está ao computador colocar música para relaxar para tu ouvires e lá te vais mexendo de vez em quando. O papá é que faz muita questão que te coloque música para ouvires, apesar de a mamã saber o quanto é estimulante e mais uma forma de comunicarmos. Pelo menos a mamã, quando estava na barriga da tua vovó Célia, e o vovô Miguel colocava música clássica, ficava muito calminha, sossegadinha e desde que nasceu que adora ouvir música clássica.
 
O teu papá anda um doce, à medida que a gravidez vai avançando, que ele se torna cada vez mais entusiasmado e ansioso com a tua chegada e com a tua presença. Pelo aniversário da mamã, percorreu quase do Porto até Aveiro só para arranjar a tal tão desejada e necessária cinta. No domingo de manhã depois de tanta gente aqui em casa, tomou a iniciativa de aspirar a casa, para aliviar a mamã do cansaço e do trabalho de ter de o fazer. Ontem questionou a mamã do que é que tínhamos ido encomendar para o teu ovo e estive a descrever pormenorizadamente, inclusive o valor da dita forra. Mas ele nem esperneou, ficou curioso e pareceu gostar da discrição que dei. Entretanto também teve outra demonstração de amor e preocupação por nós. Na segunda- feira o teu vovô Miguel teve alta e já voltou para casa. Óbvio que a mamã já queria alterar os planos do fim de semana de Páscoa. Em vez de irmos para Chaves, íamos já directos para o Algarve para o vermos e estarmos com ele. Mas o papá bateu o pé e devido ao dinheiro que se gastaria nessa viagem e pelo facto de o nosso Tio Beto estar muito doente, manifestou que não queria ir agora. Em último caso a mamã ia sozinha, mas o papá deu um raspanete dizendo que não estávamos em condições de fazer 9h de viagem numa camioneta e a trepidação do comboio também nos faria bem. Os ânimos acalmaram quando a mamã falou com a vovó Célia e esta confirmou que esta não seria a melhor altura, pois o vovô ainda teve alta há muito pouco tempo, não convém receber já muitas visitas e como ainda tem muitas toxinas a circular no seu organismo devido ao fígado, não convém estar muito em contacto com a mamã pelo risco do que lhe pode transmitir. Estamos ambos numa fase muito sensível da nossa vida, logo temos que manter a distância durante uns tempinhos mais. No final, o amuo da mamã pelo que o papá tinha dito terminou selado com um beijo.
 
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