13 de março de 2013

Um vovô novo

Após os acontecimentos da passada sexta- feira, que a mamã relatou, o avô Miguel foi novamente chamado para um transplante de fígado e desta vez o órgão encontrava-se em bom estado. Então ontem, lá foram os teus avós para Lisboa e o vovô entrou no bloco operatório à meia noite do mesmo dia, só saindo às 11h da manhã de hoje. Correu tudo muito bem e foi um transplante de sucesso. Durante o resto do dia, o avô manteve-se quase sempre a dormir e a vovó Célia esteve sempre ao pé dele a falar com ele e a marcar a sua presença para ser informada da evolução da situação. Agora é aguardar pela recuperação do teu avô, rezando para que não haja uma rejeição do fígado, mas vai correr tudo bem. Acreditamos todos nisso. Infelizmente a mamã, enquanto o vovô estiver no hospital, não vai poder visitá-lo pois a mamã pode transmitir algum tipo de vírus e o ambiente hospitalar também não é muito aconselhável para nós. Logo, só o poderemos vir a visitar quando ele já estiver em casa, no Algarve.
 
Durante tanto tempo vivemos em ansiedade e em sobressalto a aguardar por um dador compatível, a ver o vovô a ficar mais debilitado, mais cansado, mais magro e o processo sem andar para a frente, mas finalmente surgiu a luz ao fundo do túnel e mesmo a tempo de ele te ver nascer, crescer, poder acompanhar-te. Ser um avô para ti, como foi um pai para mim. Atento, carinhoso, brincalhão, sempre criativo nas brincadeiras, presente (no sentido em que sabia o que a mamã tanto gostava, como músicas, filmes e desenhos animados, que a mamã tinha gravados em cassetes só dela e dedicadas a si), estando sempre presente nas festas da escolinha e com uma expressão de orgulho estampada no rosto. Já depois de diagnosticada a doença, a mamã pode contar com a presença do vovô num dos dias mais felizes e bonitos da sua vida - o nosso casamento e agora vamos poder igualmente partilhar com ele e por muitos anos o crescimento da nossa família, com o teu nascimento.

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